18 de março de 2013

Capítulo 004 - Contraste

Capítulo 004
A Escuridão e A Luz


Alto da Glória (Centro)– 03h45 PM.

Enquanto isso, Carlos era o único que estava tranquilo, passeando com seus colegas pelo centro da cidade. Solange, mãe de Carlos, estava trabalhando nessa hora. Depois de ouvir o pronunciamento da presidente Dilma, tanto Solange, quanto Carlos e seus colegas ficaram sem entender o que estava acontecendo ali. Karen perguntou:
Será que sua mãe está bem, Carlos?
Carlos:
Não sei. Eu acho que está.
Karen:
Liga pra ela!
Carlos olhou para Karen e relevou a dica. Karen completou:
Vou ligar pros meus pais também...
Carlos ligou para sua mãe que atendeu e disse:
Alô, Carlos?
Carlos:
Mãe! Está tudo bem com a senhora?
Solange:
Tudo sim, meu filho. Eu é que estava preocupada com você. Onde você está?
Carlos:
Não, mãe... Aqui está tudo de boa. Estou aqui no shopping com a Karen, o Hélio, a Sofí e a Katty. Ok? Pode ficar tranquila, não estamos fazendo nada de mais...
Solange interrompe o filho e diz:
Nada de mais, Carlos?! Eu aqui preocupada com você e você ai no shopping? Você já almoçou, pelo menos?
Carlos:
Comemos... Comemos sim. Passamos num pitdog e comemos um sanduba dos grandes.
Solange:
Sanduíche Carlos?! Sanduíche não enche ninguém não, meu filho.
Carlos:
Não, mãe... Mas depois a gente foi assistir a um filme ali e comemos pipoca também. Está tudo sobre controle.
Solange:
“Tudo sobre controle”... Carlos! Não é pra você ficar na rua até tarde não! Eu quero que você esteja lá em casa antes da janta! Ouviu?!
Carlos:
Tudo bem, mãe... Pode deixar. Tabom, tabom... Tabom, mãe. Já disse que vou está lá, ok? Tabom... Tchau.
Karen:
E aí?
Carlos:
Olha aí... Por culpa sua, vou ter que chegar em casa antes da janta agora.
Karen:
Quero saber se ela está bem!
Carlos:
Está. Você não ouviu os berros dela no telefone?
Enquanto isso, Solange pensava: “Não sei o que eu vou fazer com esse menino... Ele não me ouve de jeito nenhum!...” Ela então volta a passar as roupas que estava passando para sua patroa e fica pensando: “Mas que essa coisa toda está muito estranha, está”... Então, Sofí, colega de Carlos, depois de tentar pela última vez, diz:
Gente... Meu pai não quer atender ao telefone.
Todos:
- Ih...
- Vish...

Carlos:
Mas você não disse que ele fica dormindo durante o dia, por trabalhar à noite?
Sofí:
Sim, mas é muito difícil ele deixar de atender o celular.
Hélio:
Ah, larga de paranoia... Vamos... A gente vai até a sua casa agora e vê se ele está lá ou não. Pronto!
Todos:
- Está aí!
- Boa ideia...
- Gostei.
- Vambora!

Hélio era o que estava de carro lá e o que tinha levado todos para dar essa volta no centro. Então eles entraram no carro e foram até a casa de Sofí, que estava toda preocupada.



Então, alguns momentos antes disso tudo que estava acontecendo com Carlos e Jonas, Alex e Yeshua iam passando por entre a multidão até que chegaram às margens do rio. Quando chegaram lá, Yeshua fez sinal com a mão para que Alex esperasse ali e foi entrando no rio. Ele foi até quase no meio do rio e disse:
Pai... Quero te apresentar alguém.
Yeshua estava olhando pra cima, pra trás da multidão, onde uma luz começou a brilhar. Alex e todos os que estavam ali olharam para trás e viram uma forte luz vinda do céu. Era tão forte quanto o sol ao meio-dia. (Se brincar era mais forte ainda.) Alex não conseguia ver o que estava causando aquela luz, mas já podia imaginar. Ele só não pensou que a luz fosse tão brilhante assim. Tudo que ele conseguiu ver, na altura do horizonte, foi somente a silhueta de algo no formato de uma parede gigante que ia até os céus. Nessa hora, Yeshua disse:
Lembra-se de João, não lembra?
Alex olhou para Yeshua espantado e pensou: “O que? João? Quer dizer... ‘Aquele’ João?!” E uma voz de trovão pôde ser ouvida naquele lugar. Uma voz que vinha da direção da luz e que disse:
Claro! O discípulo amado.
E Yeshua disse:
Isso!
Yeshua olhou em direção a multidão e disse estendendo a mão:
Venha...
Então João foi até Yeshua, que o batizou nas águas daquele rio. Depois foi chamando um por um – pelo nome – para ser batizado nas águas daquele rio também. E Isso confirmou o que Ele havia dito no em Seu Livro: “Se alguém me reconhecer em público, eu também o reconhecerei abertamente diante do meu Pai”. (Adaptado).
Depois de algum tempo vendo todos aqueles homens de Deus que fizeram a diferença em sua geração, Alex se sentiu muito feliz por ter a chance de estar ali e poder presenciar aquilo tudo. A cada nova pessoa que vinha, ele pensava: “Nossa... Eu nunca pensei que viveria para ver todos esses homens. Esses homens nos quais eu me inspiro e tenho grande admiração”... Alex suspirava e batia palmas juntamente com todos. As pessoas que estavam ali ao lado de Alex comentava com ele:
Nossa, hein? Quem diria que um dia nós estaríamos aqui?
Alex:
Pois é... Até agora eu não estou acreditando.
Outra dizia:
Eu estou até emocionada aqui, gente... Vocês não têm noção do quanto eu esperei por isso.
Os outros concordavam e entendiam o que ela queria dizer com aquilo. Alex também sabia o quanto ele havia esperado para que aquele momento chegasse. E agora, tudo estava acontecendo bem ali... Diante de seus olhos. Alex não aguentou e começou a chorar, enquanto batia palmas mais fortes e mostrava um sorriso igual ao de Harry Potter na cara.
Depois de um tempo longo, com Yeshua chamando as pessoas e batizando-as, as pessoas começaram a sentar-se no chão para esperar. Alex também se sentou e ficou vendo aquele momento. Ele pensava: “Parece até na época em que João Batista batizava no Jordão. Só tem uma diferença: Aposto que naquela época, as pessoas que batizavam não saiam brilhando desse jeito”.Depois que as pessoas eram batizadas, elas saiam realmente com um tom de pele mais claro. Quando eles passavam por Alex, ele era iluminado por essa luz que havia nos batizados. Além disso, eles também saiam com uma roupa nova que era formada pelas águas do rio.
As antigas roupas das pessoas se decompunham e eram levadas pelas águas do rio; juntamente com a antiga aparência das pessoas, pois elas entravam de uma forma e saiam diferentes. Alex conseguia distinguir se a pessoa que foi até Yeshua era homem ou mulher, porém não conseguia dizer o que as pessoas que saiam de lá era. Porém elas todas saiam muito mais bonitas do que entraram e muito mais felizes e sorridentes também.Então, depois de muito tempo sentado esperando, algo aconteceu... Yeshua chamou Alex para ir até Ele. Yeshua disse:
Alex.
Alex, então, ficou de sobrancelhas de pé pensando que poderia ser ele. Vendo isto, Yeshua disse:
Alex de Oliveira Pacheco. É você, não é?
Alex simplesmente não acreditava no que tinha acabado de ouvir. Era a ele mesmo quem Yeshua estava chamando. Yeshua disse:
Venha.
Os outros que ainda não tinham sido batizados disseram a Alex, enquanto o empurravam:
- Vai lá rapaz!
- Vamos! Seu Senhor está te chamando.

E Yeshua disse:
Irmão.

Casa de Jonas – 03h47 PM.

Depois que Jonas viu o pronunciamento da presidente Dilma e percebeu o que estava acontecendo, ele ainda ficou por algum tempo sem saber o que fazer.Karla ainda estava procurando o telefone de Vânia pra tentar falar com seus pais, mas como ela não estava achando, ela perguntava a Jonas e ele não falava nada, por estar em choque.
Mas depois Jonas percebeu que tinha que fazer alguma coisa... Ficar ali parado não ajudaria em nada. Pois começou a vir em sua cabeça o que estava por vir. Toda aquela guerra, aquela destruição; pessoas morrendo ao ar livre, no meio da cidade; todo aquele derramamento de sangue e aquela perseguição que estava por vir... Tudo aquilo começou a gerar um temor e tremor no coração de Jonas. Ele ficou imaginando tudo que estava por vir...
Aquelas imagens já estavam tão vivas em sua mente que ele quase as podia ver. Todos aqueles monstros – demônios enviados diretamente do inferno para acabar com a raça humana... Tudo isso lhe gerava perguntas em sua mente, tais como: Como é que nós vamos fazer para nos reunirmos? (Ele se referia à Igreja.) Ou: E se, durante um culto, eles invadirem com tudo e sair atirando em todo mundo que estiver ali? E se eles me capturarem e me forçarem que adorar o anticristo?
Jonas começou a imaginar os diferentes tipos de tortura que usariam para força-lo a desistir de ser cristão e passar a adorar somente ao anticristo, à estátua e à besta. Então ele pensou: “Droga... Sem falar nesse dragão dos infernos que vai estar, provavelmente, de maneira visível aqui na terra.” Ele começou a lembrar de como o céu ia ficar, a lua, o sol, as estrelas, o ar, o mar, as florestas, os peixes, os animais, as pessoas, os pássaros e disse:
Eu não posso ficar aqui parado! Eu tenho que fazer alguma coisa!
Então ele se levantou, segurou Karla pelos ombros e disse com toda a firmeza possível:
Karla! Para! Já chega! Eles não vão te atender por que eles já não estão aqui neste mundo! Escuta o que eu vou te dizer: Está vendo tudo isso aí que está acontecendo? Isso é apenas uma pequena palhinha do que está por vir. Uma palhinha pequenininha, desse tamaninho aqui, oh! Então vê se me escuta e presta atenção! Eu só vou dizer uma vez: Você, e eu também, ainda temos chances de sobreviver a tudo que está por vir. Só te peço que... NÃO... ME... LEVE... NA... BRINCADEIRA. É SÉRIO! (Pausa de alguns segundos) Jesus está voltando. E vai ser daqui, aproximadamente, sete anos!
Karla:
Ah, fala sério... Eu pensei que você ia me falar uma coisa séria e você vem com esse papo de religião?
Jonas:
Cala a boca!!!
Karla se assustou com esse grito e Jonas continuou:
Você acha que é brincadeira, não é?! Você acha que isso que eu tenho feito todos esses anos é brincadeira, não é?!!! HEIN?!!!
Karla:
Calma, você está fora de si.
Jonas:
Não estou! Hoje eu estou mais lúcido que em toda minha vida cristã! Eu quero que você me ouça e preste bastante atenção no que eu vou te dizer: Você se lembra de quando meu pai e minha mãe diziam pra você parar de falar essas coisas contra Deus? Você se lembra de todas às vezes que te chamamos para ir à Igreja? Era pra que isso não acontecesse... Nós ficamos aqui. E o que está por vir é... O que está por vir é...
Então ele não aguentou e teve que botar tudo pra fora:
MAS QUE DROGAAAAAAAAAAA!!!!! AAAAAAAAAAHHHHH!!!!
Ele gritava e berrava no quintal. Karla foi até ele pensando: “Mas o que está acontecendo com ele? Porque ele ficou assim de repente?” Ela ficou vendo como Jonas chorava e gritava por alguma coisa e ficou pensando: “Por que ele está assim? Só foi ele ver esse noticiário que ele ficou assim. O que foi que ele viu que o deixou assim, gente?” Ela se sentiu angustiada por não entender o que se passava e perguntou:
Jonas... Jonas. O que foi meu irmão? O que está acontecendo com você? Porque você está tão aflito assim?
Jonas parou de gritar, mas ainda continuava chorando ardentemente. Ele não podia acreditar no fato de ter ficado pra trás só porque ele estava em uma festa. Ele fechava a mão com força e socava o chão, com raiva de si mesmo. Karla insistia:
Jonas. Jonas! Para! Jonas... Fala comigo. Porque você está assim? Hã? Cadê o papai? E a mamãe? Porque eu tenho a impressão de que você sabe onde eles estão? Me diz! Me diz, porque eu estou ficando aflita também.
Então Jonas diz:
Eles estão no melhor lugar onde qualquer um podia estar agora. EU queria estar lá! Mas que droga... Burro! Burro! Burro!
Karla:
Para Jonas! Como assim? Que lugar? Onde eles estão?
Jonas parou por instantes e disse:
Se eu te contar, você não vai acreditar mesmo... Então de que adiantaria?
Karla:
Porque eu não iria acreditar? Que lugar é esse que é tão inacreditável assim, pra eu não acreditar?
Jonas:
É o céu, Karla... É o céu.



E este é apenas um pequenino exemplo do que as pessoas que ficarem naquele dia terão que passar. Pois a pior/melhor parte ainda nem começou. Fique atento aos sinais, pois serão quase imperceptíveis, até que tudo seja revelado.




Continua...





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