Fim dos Tempos
Capitulo 51
“(Zacarias 14:6 e 7) E acontecerá naquele dia, que não haverá preciosa luz, nem espessa escuridão. Mas será um dia conhecido do SENHOR... Nem dia nem noite será! Mas acontecerá que, ao tempo do cair da tarde, haverá luz.”
Então você e Tom, com sua família, estavam de
carro fugindo. Saindo para qualquer lugar o mais longe possível daquela cidade.
Vocês não queriam ir para o vale do Megido, por isso vocês tinham que fugir
para um lugar muito afastado até que tudo se acalmasse, ou que acontecesse algo
com relação àquele portal que tinha surgido no céu. Vocês estavam em uma vã de
Tom, em alta velocidade, pela autoestrada, mas então vocês chegam a uma ponte
onde havia uma barreira militar. Não havia ninguém ali... Todos estavam mortos.
Tom diz para sua esposa ficar no carro com as crianças e vocês descem para ver
a situação. Havia corpos por toda parte. A pequena guarita estava com suas
janelas ensanguentadas e o mau cheiro estava quase insuportável. Tom diz:
O que vamos
fazer?
Você:
Eu te falei
que estaria bloqueado.
Tom foi até a beirada da ponte e disse:
Vamos dar a
volta por ali. Veja! Tem um barco. Podemos ver se funciona. Pega as meninas, eu
vou ver se o barco liga.
Era um barco policial. Você voltou até o carro,
falou para as meninas te seguirem, a mãe desceu também e vocês foram até Tom. O
barco ligou e vocês foram atravessando o rio. Estava à tarde, quase à noite, e
o rio brilhava verde. Você comenta:
Cheiro
estranho. Esse barco não vai mais rápido não?
Tom:
Isso é
cheiro de veneno.
Uma das meninas ia colocando o dedo na água,
quando você pegou-a nos braços, dizendo:
Não! Não,
não... Não faça isso. É veneno. Você não ouviu seu pai falando.
A esposa de Tom:
Até quando
será que essa água vai ficar assim?
Você:
Não sei. Mas
praticamente toda água doce do mundo está assim, desde quando um daqueles sons
de trombetas soou no céu.
Você observava os peixes mortos boiando na
água, quando disse:
Isso é muito
estranho. É como você disse, Tom. Esses acontecimentos não são normais.
Então... Você e Tom conseguiram atravessar o rio.
Quando vocês chegaram do outro lado, vocês foram a pé até a cidade mais próxima
que vocês conseguiam ver no horizonte. Vocês atravessaram o campo aberto e
chegaram à cidade. Quando Você olhou para o horizonte e não viu mais o sol,
disse:
Droga... Como
se já não bastasse o fato da lua estar tapando o sol, agora eles somem no
horizonte. Que ótimo...
Tom:
Silencio! Ou
eles vão te ouvir.
Tom se referia aos militares do homem em
particular que estavam caminhando em cima do muro que eles construíram ao redor
da cidade. Então vocês entram escondidos, vão passando por trás das paredes,
dos veículos, se escondendo dos holofotes, se arrastando pelas paredes e etc.
Cada vez que vocês chegavam perto de um veículo, vocês tentavam abrir sua porta
e/ou ligar a ignição dele para ver se ele estava funcionando. Então, depois de
procurar por alguns carros e vãs, um deles ligou. Mas, ao fazer isso, os
militares perceberam que vocês estavam ali pelo barulho do carro e apontaram
seus holofotes para vocês. A mulher de Tom foi quem conseguiu ligar o carro.
Quando os militares viram que vocês estavam ali, você já deu o grito:
Ferrou!
Ferrou! Ferrou! Entra todo mundo no carro.
Vocês entraram no carro, a esposa de Tom
acelerou, mas, na primeira curva, havia dezenas de lanternas e faróis apontados
para vocês, de modo que apenas era possível ver apenas a silhueta dos
militares. Eles vieram em direção a vocês e abriram as portas do carro. Então
eles tiraram a mulher de Tom à força do volante. As filhas de Tom gritaram para
que soltassem sua mãe, enquanto desciam do carro, mas quando foram em direção
aos militares chorando, eles metralharam as duas. De repente, tudo ficou como
se estivesse em câmera lenta, na cabeça de Tom. Ele quase não conseguiu ouvir o
grito de sua esposa desesperada. Então, quando você foi para tentar fazer
alguma coisa, eles atiraram na esposa de Tom. Isso fez você perder o impulso
que tinha tomado e eles levaram vocês dois dali.
Na parte da tarde do dia seguinte, em uma cela
pequena da delegacia local, o silêncio era mortal. Apenas o relógio de ponteiro
em cima da mesa do guarda fazia seu tic-tac
contínuo. Você estava sentado na cama retrátil do lado direito da cena. Tom
estava de pé, encostado nas barras da cela com o olhar distante. As imagens de
sua esposa caindo no chão como se fosse um boneco sem vida ainda manchavam sua
mente de borrões, flashes e luzes. Então alguns militares entram no recinto e
vêm até sua cela. Mandam vocês ficarem de pé e se afastarem. Vocês obedecem,
eles entram, algemam vocês dois e vão empurrando vocês até o lado de fora do
prédio, onde um veículo preto os aguardava. Você conhecia o caminho que eles
estavam pegando: em direção ao aeroporto.
Ouça a música do vídeo acima enquanto lê o restante da história.
Fica mais interessante...
Lá no aeroporto, vocês são levados à pista de
pouso, onde um avião enorme com a camuflagem do exército estava prestes a
partir levando um monte de gente que queria se alistar para a última grande
guerra. No meio daquele tanto de gente, vocês se sentem estranhos. Todos eles
tinham armas, facas, bazucas, metralhadoras e coisas do tipo. Vocês dois eram
os únicos com algemas nas mãos e que pareciam suspeitos. Alguns deles usavam
badanas e estavam com a cara pintada. Entre as nuvens, todos eles estavam sérios,
enquanto o avião chacoalhava com as leves turbulências. Já fazia alguns minutos
que o avião tinha decolado e você começou a se sentir preocupado, pois sabia
que estaria diante de algo muito maior do que tudo que conhecia. Desde o dia em
que vocês saíram de casa e você ouviu Tom falando aquelas coisas, dizendo que
vocês estavam vivendo de fato o fim do mundo, você começou a pensar nisso: “E
se for mesmo o fim do mundo?” Desde quando você estava na van que vocês usaram
para chegar àquela cidade onde a mulher de Tom morreu, você pensava nisso.
Enquanto vocês estiveram presos naquela cela silenciosa, enquanto vocês eram
levados pelos militares do homem em particular até o aeroporto, você pensava
nisso... E agora, a coisa estava começando a ficar realmente preocupante, pois
vocês iam para o centro da coisa.
E, assim, você e Tom chegaram a um aeroporto em
Israel. Estava ventando muito e a poeira estava em toda parte. O normal seria o
sol estar rachando a testa, de tão quente, mas não estava assim. O dia estava claro,
mas não por causa do sol... E, sim, por causa da nuvem brilhante que saia do
portal. Mas, no lugar do céu azul, era possível ver as poucas estrelas que
restaram no céu. Era como se elas estivessem se mexendo lentamente. Dali, vocês
seriam levados em caminhões do exército ao vale de Josafá, ou do Megido, ou do
Armagedom... Todos esses nomes se referem ao mesmo lugar. Havia muita
movimentação ali naquela pequena cidade. Tom ainda parecia meio aéreo, mas você
estava cada vez mais preocupado, pois sabia que eles estavam levando vocês para
um lugar de onde, muito provavelmente não haveria volta. Você estava ficando
nervoso, pois sabia que a situação era séria, mas não tinha a companhia do seu
amigo para que você não se sentisse sozinho ali no meio daquelas pessoas. Eles
colocaram vocês dentro do caminhão e um sargento começou a explicar o plano de
ação para vocês.
Enquanto isso, em outras partes do mundo,
muitas pessoas estavam fazendo o que você e a família de Tom tentaram fazer.
Eles estavam deixando as cidades e fugindo para algum lugar o mais longe
possível. Apenas os ricos e milionários que sobreviveram até agora estavam em
luxuosos hotéis que foram abandonados pelas cidades. Aliás, quase todas as
cidades do mundo estavam abandonadas e semidestruídas, ou destruídas por
completo, enquanto os militares do homem em particular vigiavam tudo, pois eles
estavam em toda parte. Afinal... Tudo estava caminhando para seu fim! Até mesmo
o tempo! Mas enquanto isso, os dias iam passando. E cada vez mais pessoas se ajuntavam
naquele espaço enorme: o Vale do Armagedom. Quando você colocou seus pés ali no
solo daquele lugar, você pensou consigo mesmo: “Meu Deus... Nem acredito que
estou aqui, num lugar como esse”...
“(Isaías 24:17) O temor, a
cova e o laço vêm sobre ti, ó habitante da Terra.”
Continua...