17 de abril de 2013

Capítulo 009 – Tempos Atrás, Parte 01.

Capítulo 009
Alguns Meses...



Assim, o tempo foi passando até que chegasse um tempo de paz. Porém, eu gostaria de voltar um pouco na história para esclarecer alguns fatos que não foram ditos. Vamos voltar algunsmeses antes do acontecimento, pois é importante que você saiba como era a vida dos envolvidos na história antes disso tudo acontecer. Também fica melhor pra você entender o porquê de cada futura reação dos personagens diante de certas situações. Então, vejamos...


Antes do Acontecimento:
Um Homem Chamado Frederic.



Vamos falar um pouco de um homem chamadoFrederic. Ele era um político pacífico que nasceu no meio da orgia. Quando ele era pequeno, sua mãe era uma prostituta que mexia com macumba e todo tipo de coisas estranhas que você possa imaginar. Ele e sua mãe moravam num apartamento bem pequeno e todo sujo que ficava em um bairro violento de uma cidade dos EUA.
Um dia, ele estava brincando com seu carrinho na sala, enquanto sua mãe passava pra lá e pra cá agoniada com alguma coisa. Ela estava arrumando suas roupas, colocando numa mala e tentava ligar para alguém com seu celular. Parece que não estava conseguindo... E como não conseguiu, disse:
Fred! Vamos. Mamãe vai sair e você tem que vir comigo.
Fred:
Aonde a gente vai?
A mãe:
A gente vai ali, meu bem. Depois a gente fala sobre isso. Vamos...
Então ela colocou-o dentro do carro e foi dirigindo até um lugar onde sempre havia pessoas drogadas passando por ali. Fred, mesmo sendo pequeno como era, sabia que ali não era um lugar agradável e ficou com medo, no banco de trás. Ele ficou olhando pela janela, quando sua mãe parou o carro em frente a um cemitério e disse:
Fique aqui, tabom? Mamãe já volta.
Ela entrou no cemitério com a mala e Fred ficou sozinho no carro esperando sua mãe. Ele estava com muito medo. Ele ficou com tanto medo que decidiu sair do carro e ir atrás de sua mãe. Ele desceu, foi correndo até o portão do cemitério, mas parou quando viu luzes brilhando e ouviu um som muito estranho, parecido com o ronco de uma pessoa... Só que muito mais assustador. Então ele resolveu correr até sua mãe. Ele saiu correndo e gritando:
Mamãe! Mamãe! Cadê você, mamãe?
Ele, então, chegou ao local onde sua mãe estava. Ela estava deitada em um dos túmulos grandes dali e olhando para cima. Ele correu até ela e chamou-a, dizendo:
Mamãe! Eu ouvi um barulho estranho! Mamãe...
Ele viu que ela não respondia, por isso perguntou:
Tudo bem com a senhora?
Mas o que ele não tinha percebido era que sua mãe estava morta em cima do túmulo. Não havia mais ninguém ali perto... Como ela morreu, era um mistério. Mas quando o garoto tentou mexer na mãe, ele viu que no meio do peito dela havia um buraco de 5 a 7 cm de diâmetro e também estava siando muito sangue. Ele ficou com medo e não sabia nem o que pensar. Imagine um garoto de 5 a 7 anos de idade tendo uma visão dessas... Essa era uma das poucas coisas que Frederic se lembrava sobre sua mãe.
Mas, depois disso, ele ficou vagando pelas ruas da cidade, até que a minivan do orfanato o achou e o levou. Lá, ele acabou sendo amado e cresceu saudável. Porém, coisas estranhas aconteciam com as crianças do orfanato, quando elas o deixavam irritado. Uma vez, um menino maior que ele, começou a brigar com ele porque ele tinha pegado o boneco do menino maior sem saber que era dele. O menino maior ficou muito irritado e começou a brigar com ele:
Você pegou meu boneco! Devolve!
Fred:
Eu não sabia que era seu.
Fred devolveu o boneco do menino, mas ele continuou falando:
Você é muito esquisito! Não quero que você mexa nos meus bonecos!
Alguns outros meninos se juntaram a este para deixar Fred com medo, mas isso não foi uma boa ideia. Pois no momento em que Fred se sentiu mais ameaçado, de repente, o menino maior saiu voando para trás, como se tivessem empurrado ele com muita força. Quando ele saiu voando, jogou os outros que estavam perto para longe e bateu as costas na parede, o que ofez fraturar quatro costelas e fazer um corte de 15 cm na cabeça, devido ao impacto.
Ninguém entendeu como aquilo aconteceu, pois ninguém havia encostado um dedo sequer no menino, mas uma coisa era certa: Sempre que Fred estava por perto, esse tipo de coisa acontecia. Até que um dia, Fred começou a ouvir vozes e começou a ser taxado de louco. Ele teve que ser isolado na solitária, o que piorou seu caso.
Durante os primeiros meses, quase toda noite, ele ficava gritando de medo, chorando e pedindo socorro, mas ninguém estava autorizado a abrir a porta. As outras crianças começaram a comentar entre si e diziam que, às vezes, quando eles passavam em frente à solitária, ouviam Fred falando sozinho, mas quando eles olhavam pela janelinha, viam apenas Fred sentado, ou no chão, ou na cama que havia lá... Não tinha mais ninguém com ele. Mas então, depois de dois anos trancafiado e recebendo comida por debaixo da porta, ele demonstrou algo de normal, quando perguntou ao guarda:
Olá, Chad... Como vai sua família? Sua esposa ainda trabalha naquele mesmo lugar?
Chad, o guarda:
Ah... Sim. Ela ainda está trabalhando lá. Aquele emprego é tudo pra ela, mas... O que? O que você disse?
Fred:
Ahh... Legal.
Nessa hora, o guarda percebeu que ele já não parecia estar louco e mandou avisar a diretora do orfanato.Então eles o soltaram. Quando Fred foi jogado na cela da solitária, ele tinha dez anos de idade. Ou seja, hoje ele tinha doze e parecia outra pessoa. Totalmente renovado. Depois daquele dia, ele não falava muito, mas estava sempre disposto a ajudar com as tarefas do orfanato. Ele pedia para lavar os pratos, arrumar as camas dos meninos, etc. No começo, todos o achavam mais estranho do que antes, mas depois que eles viram que ele queria servir a todos, eles acabaram se acostumando com ele. Fred pediu perdão para o menino grande e depois a todos os outros a quem ele tinha feito algum mau, mesmo que sem querer.
Então, um dia, um casal veio até o orfanato procurando alguém para adotarem. Eles eram ricos e donos de uma das maiores empresas de contabilidade do mundo. Quando a diretora do orfanato perguntou:
Mas porque vocês decidiram vir procurar uma criança logo neste orfanato?
Eles disseram:
- Pois nós procuramos um menino que seja educado, e não metido.
- Sim. E ouvimos que aqui, vocês têm um dos melhores sistemas de ensino da região... É verdade?

Diretora:
Bom... Sim, nós tentamos manter sempre um bom ensino para nossas crianças.
Eles:
- Ótimo!
- Era justamente o que procurávamos.

Então a diretora foi guiando-os através do orfanato para mostrar a eles as crianças que tinham disponíveis. Ela começou mostrando os bebês que eram abandonados na porta do orfanato, os que eram entregues por mães desesperadas, ou que simplesmente eram achados nas ruas. Eles ficaram com muita pena de ouvir as histórias sobre esses bebês, mas disseram:
- Mas... Nós estamos procurando um maiorzinho.
- Sim. Um garoto!

Direto:
Hm... Entendo.
Então a diretora mandou que reunissem todas as crianças no pátio do orfanato e levou o casal até eles. Quando eles chegaram lá, a diretora disse:
Bem... São esses, os meninos que nós temos aqui. Posso garantir que podem te fazer muito felizes.
Então a esposa do homem foi observando cada um deles bem de perto para ver se tinha algo que chamasse a atenção neles. Depois de olhar cada um deles, perguntou:
Eles têm quantos anos?
Diretora:
Ahh... O menor tem 6 e o maior tem 10. A senhora gostou de algum?
Ela os observou novamente, mas um menino que não estava enfileirado ali chamou a atenção dela. Fred estava sentado em cima de uma das mesas do pátio, com os pés no banco, e estava observando o que eles estavam fazendo. Já fazia algum tempo que algum dos meninos era adotado, por tanto, Fred estava achando novo e chato também. Ao ver Fred sentado, a mulher perguntou:
Quem é aquele?
Diretora:
Ahh... Aquele é o... Digo: Frederic. Mas todos o chamam de Fred. Ele tem 12 anos, vai fazer 13 daqui a alguns meses e tem sido um bom garoto.
A diretora achou melhor não contar sobre o fato de ele ter passado dois anos na solitária e nem sobre as coisas estranhas que aconteceram a algumas crianças, quando ele estava por perto. Então o marido da mulher perguntou:
Gostou dele, querida?
A Mulher:
Sim, veja... Ele tem os olhos verdes iguais aos da minha mãe. E tem o formato do rosto do seu pai.
O homem:
Ora, vejam só... Não é que você tem razão? Se parece mesmo.
A mulher:
Vamos querer aquele... Frederic.
Então eles assinaram toda a papelada de adoção e fizeram tudo certinho para que Frederic fosse seu filho a partir daquele dia. Fred arrumou suas coisas e foi entrando na limusine deles... Ele não estava acostumado com tanto luxo, mas foi mesmo assim. As outras crianças ficaram observando. Algumas ficaram com inveja e outras não entendiam como um menino estranho daqueles conseguiu arranjar uma família.
E essa foi a infância de Frederic. Claro, durante algum tempo, ele teve que ir se acostumando com todo aquele luxo, toda aquela mordomia e todo aquele paparico dos empregados em relação a ele. Mas, no fim, acabou se acostumando. O mais difícil foi chamar aqueles dois de pai e mãe, mas também... No fim, tudo se acertou. Fred fez novos amigos, começou a frequentar uma escola de ricos e começou a fazer parte das rodinhas deles.
Enquanto Fred estava vivendo no meio deles, nada de estranho aconteceu. Nem com eles, nem com ninguém. Mas, na verdade, nada havia mudado desde o orfanato... Fred apenas não queria revelar isso a ninguém. Ele tinha uma “amizade” secreta, que ninguém poderia saber. Ele conversava com esse amigo, pedia coisas pra ele e falava coisas para ele sobre os outros. Segredos que ninguém sabia, só ele e esse amigo dele sabia. Mas isso, não é uma coisa relevante para este momento da história. O mais relevante para agora é falar o que ele se tornou.
Depois de um acidente trágico com os pais adotivos de Frederic, ele cresceu e foi morar sozinho em sua própria casa, ele se tornou político. Ele mexia com as grandes multidões e falava muito bem ao público. Sempre que precisassem de alguém para animar um povo, dar esperança ao perdido e animar o desanimado, era ele a quem recorriam. Ele começou na política jovem.
Ele se especializou em falar ao público, fez aulas de como convencer as pessoas de que uma ideia é boa, se aprofundou nos ensinamentos do mundo religioso, como: Budismo, catolicismo, hinduísmo, espiritismo, nos deuses dos indianos, nos deuses dos índios, foi um monge genuíno durante três anos, mas desistiu... Enfim... Ele buscou em todo tipo de religião ou culto a algum ídolo o que ele procurava.
Ele veio até mesmo ao Brasil para conhecer os santos do catolicismo, veio ver as festas cristãs que acontecem, foi até o vaticano conhecer as instalações, falou com o papa e, inclusive, fez algo pelo secreto também: Procurou seitas que as pessoas dizem que são apenas boatos. Ele não ligava se as pessoas diziam que eram apenas boatos... Ele procurava e ia a fundo sempre que se relacionava com esse tipo de coisa.
Ele adorava descobrir os mistérios e saber de tudo sobre essas coisas. Ele adorava tanto que ele até descobriu um meio de entrar para a maçonaria. Porém, ele não quis entrar no meio deles, pois ele já sabia como eles agiam.Então, depois de estudar, ver e vivenciar cada umadessas religiões, seitas, cultos, instituições, instalações, palácios, casas e terreiros, Frederic decidiu que iria fazer o bem a todos através da política. Numa entrevista a uma revista, ele disse:
Graças a esse estudo minucioso que fiz sobre todo tipo de religião, ou culto a um, ou mais deuses... Eu pude anotar e ver qual era a melhor característica de cada uma delas. Portanto, eu decidi usar essa boa característica presente nessas religiões para ajudar o mundo através da política. Eu posso até dizer que revolucionarei o jeito de fazer política! Posso também dizer que farei o que nenhum outro político fez até agora! Tudo graças a esse estudo...
E, durante esse estudo que Frederic fez, ele acabou ficando conhecido no mundo todo como sendo o político de todos os deuses. Claro que não foi uma grande fama, mas todos, pelo menos, já tinham ouvido falar nisso.E foi assim que Frederic ficou conhecido pelo mundo, inicialmente.




Agora quero falar um pouco sobre o passado dos nossos protagonistas e também sobre alguns coadjuvantes que terão uma atuação importante na história. Acompanhe:


Antes do Acontecimento:
Um Homem de Deus.


Alto da Glória (Região Sudoeste) – 16h30 PM

Um dia, à porta de um teatro, Alex aguardava por sua amiga, Ângela. Ela trabalhava ali coordenando o figurino e os atores em peças de evangelismo no tempo medieval. As peças eram boas e tinham como objetivo, além do evangelismo, arrecadar fundos para manutenção do prédio da Igreja e para o instituto social, que também era da Igreja. Alex já aguardava há alguns minutos quando Ângela saiu e o cumprimentou. Alex estava em seu dia de folga e eles combinaram de encontrar-se com outra irmã para saírem.
No carro, Murilo os aguardava. Alex e Ângela entraram e eles foram até o lugar marcado para fazerem uma reunião com os colegas de faculdade da Ângela. No caminho, pegaram Camila e continuaram até chegarem a um restaurante de classe média alta, onde os colegas de classe já aguardavam Ângela. Murilo parou o carro próximo ao local, eles desceram e foram até a mesa onde eles estavam.
Ali estava Gustavo, que estudava na mesma sala que Ângela e era caidinho por ela. Ele era um rapaz moreno, bonito, corpo atlético e olhos castanhos, levemente verdes. Edgar também estava ali... Um rapaz de pele clara, cabelos loiros, olhos castanhos e de boa aparência. Junto com eles, estavam também Gabriela e Juliana. Gabriela era uma morena de cabelos cacheados, olhos castanhos e de boa presença. Juliana era uma moça de pele morena clara, cabelos pretos, olhos verdes e era muito tímida. (Não. Juliana não usa óculos).
Esse dia aconteceu uma semana antes de Alex conseguir aquele emprego que foi descrito no capítulo 01. Eu não sei se você se lembra... Lembra? Bom... Essa reunião deles nesse restaurante aconteceu uma semana antes. Alex não precisava sair de empresa em empresa para achar um emprego, pois ele gostava de usar a internet para isso – e sempre funcionou. Mas como ele ainda não estava trabalhando, Alex ainda estava fazendo faculdade também. Afinal, foi nessa faculdade que todos eles se conheceram.
Ao ver Gustavo ali, Alex já pensou: “Aff... Estava sentindo que ele viria também. Porque será?” Murilo também pensou algo parecido, pois também sabia quem era Gustavo no dia-a-dia da faculdade. Se um dia Camila fosse entrevistada e perguntassem a ela:
Como você pode descrever o Gustavo?
Ela diria:
Ah... O Gustavo é um menino metido que estuda com a gente na faculdade.
E se perguntassem também:
E o que você acha da aparência dele?
Ela diria:
Que nada, moss! Só porque ele tem aqueles olhos “cor de abacate” – como ele diz – ele não tem direito de ficar metido não, minha filha... Ele se acha.
Rsrsrs... Camila é de mais, não acha? Mas então... Voltando ao dia em questão: Murilo parou o carro próximo ao local, eles desceram e foram até a mesa onde eles estavam. Gustavo viu Ângela e já ficou todo sorridente. Eles se cumprimentaram e se sentaram. Depois, eles conversaram sobre o trabalho da faculdade até o momento em que Gustavo comentou sobre certo momento que aconteceu na sala de aula deles. É esse momento que eu quero te contar para que você entenda um pouco de como era a vida de Alex:
Nesse dia, Alex e Murilo chegaram com Camila e Ângela e foram se sentar em seus lugares para esperar o professor chegar. Quando isso acontecia, eles faziam uma roda, colocavam uma música no celular e começavam a orar no meio dos alunos abençoando a aula. Os outros alunos não estavam todos assentados ainda. Estavam conversando em grupinhos, enquanto aguardavam o professor também. A conversa era muita, mas quando eles começavam a orar, todos na sala de aula começavam a falar mais baixo e outros se calavam.Nesse dia, assim como em outros também, eles avisaram:
Bom, pessoal... Nós vamos orar agora para abençoar a aula e quem quiser se juntar a nós, pode vir.
Então eles começaram e alguns alunos se juntaram a roda de oração fazendo seu melhor que conseguiam em termos de oração, já que só eles quatro ali mais uns três na sala toda eram diferentes dos outros. Como o próprio Murilo dizia:
Nós quatro e mais uns três da sala... Nós somos os únicos que andam sempre a 180!
Ele queria dizer que andava sempre em 180°, em relação ao mundo. Ou seja, em direção totalmente oposta. Mas, enfim... Eles estavam orando quando Gustavo e os outros chegaram. Gustavo já havia alertado a eles e já tinha deixado bem claro que ele não gostava de chegar à sala de aula e ter que vê-los fazendo aquilo. Ele achava aquilo a maior palhaçada. Ela pensava: “Pra que eles têm que fazer isso todo dia?!” E, nesse dia, comentou com os outros que estavam com ele:
Eles não podem deixar para fazer isso na Igreja deles não? E ainda tem gente que vai junto com eles... Bando de otário mesmo!
Eles se sentaram e a roda continuou orando até que o professor chegou e eles terminaram de orar. Quando eles terminaram de orar, Alex e Murilo ficaram incomodados em seu espírito, mas resolveram ficar de boa. Alex disse:
Professor... Vou beber água ali, rapidão, beleza?
Professor:
Tudo bem, mas vem logo que já vou começar a aula.
Murilo também foi junto com Alex, mas foi ao banheiro. Quando Alex passou perto da mesa de Gustavo, ouviu-o dizer coisas sobre a rodinha de oração. Falando coisas esquisitas. O professor chega comentou:
Gustavo! Olha o respeito pelos seus colegas, rapaz.
E Alex, passando por trás de Gustavo, disse em voz baixa:
Está amarrado...
E foi beber água. Murilo foi ao banheiro e Alex começou a beber água no bebedouro que fica perto dos banheiros. Ele bebeu, bebeu... Então se lembrou de algumas vezes que Gustavo zombou deles por estarem orando antes da aula começar, assim como nesse dia. Na lembrança de Alex desse outro dia, Gustavo chegou, viu que eles estavam orando e disse:
Que isso aqui?
Edgar:
Ahh... Hahahaha...
Gustavo:
Do que você está rindo?
Edgar:
Eles são crentes, não se lembra de que eles disseram isso no primeiro dia de aula?
Gustavo:
É verdade... Rsrsrs...
E, se referindo a Ângela, disse:
Pena que até algumas gostosas caem na lábia desses certinhos.
Ângela parou de orar e disse:
Só um momento, gente...
Virou-se para Gustavo e perguntou:
O que você disse Gustavo? Do que você me chamou?
Gustavo:
Nada... Eu só disse a verdade. Você sabe que eu te acho mó gostosa, Ângela. Isso nunca foi segredo nenhum.
Ângela:
Pois é... Só que eu já disse que eu sou mulher de Deus e você me respeita! Está ouvindo! Não sou dessas aí que você pega hoje e joga fora amanhã não, ouviu?!
E todos na sala:
Uuuuuuuhhhhhh!
Depois Alex acalmou a todos e a aula começou. Alex estava se lembrando disso e pensava: “Oh, Senhor... Todo esse preconceito, toda essa rejeição... E nós nem fizemos nada contra eles. Naquele momento mesmo eu o estava abençoando. Então por que, Pai?” E ficava suspirando com um pouco de angustia em seu coração. Mas então ele começou a ouvir uma gritaria na sala de aula. Gustavo estava fazendo estardalhaço novamente e parece que, dessa vez, ele ia se dar mau... Pois até a diretora e o coordenador passaram correndo para ir ver o que estava acontecendo.
Encostado no bebedouro, Alex aguardava Murilo e observava a bagunça que Gustavo estava fazendo. Ele teve certeza que era Gustavo que estava fazendo aquilo, pois ouvia as pessoas falando para ele parar de fazer aquilo. Alex pensava: “Eu sabia que era ele... Só podia ser ele. Ele caça briga com qualquer um...” Alex já estava até acostumado com aquilo, de certa forma. Outros alunos pararam na porta se suas salas para observar o que estava acontecendo e alguns foram até a porta da sala de Alex para ver mais de perto.
Então Edgar e Juliana vieram correndo até onde Alex estava e disseram desesperados:
Alex! Alex! Ajuda...
Juliana:
Eu acho que o Gustavo está endemoninhado lá na sala! Você pode ir lá ver o que está acontecendo?
Alex parou e pensou em segundos: “Endemoninhado? Ele deve estar é fazendo um daqueles showzinhos dele de uma maneira que eles nunca viram. RUM! Com certeza deve ser isso... Ele sempre faz isso.” E, por isso, disse:
Eu não. Porque vocês não chamam outra pessoa? Não tem ninguém mais nessa faculdade que possa botar uns freios nele não?
Edgar:
Não, moss! Estamos falando sério! Olha aqui... Eu fui tentar segurá-lo e ele me jogou nas mesas lá. Olha aqui... Está até vermelho.
Juliana:
Por favor...
Alex acha Juliana muito linda e fofinha, como de fato era. Então Alex disse:
Aiaiai... Vamos ver.
Então Alex foi caminhando até a porta da sala de aula... Os meninos pediram licença para as pessoas que estavam na porta e, quando eles saíram do meio, Alex viu que Gustavo estava mesmo endemoninhado no meio da sala de aula. Ele parecia muito furioso e irritado. Alex parou e observou as pessoas tentando fazê-lo parar, mas ninguém conseguia nada. Só o deixava mais grilado. Ele gritava:
Sai de perto de mim! Se não eu te mato! Eu te mato também! E você também! Mato todo mundo!
O professor:
Acalme-se Gustavo! A gente vai chamar a polícia, se você não se acalmar! Gustavo!
Então dois alunos fortões se uniram ao professor e ao coordenador para tentar segurar Gustavo fazendo uma espécie de abraço mutuo. Eles pararam-no por alguns segundos... Segundos suficientes para o coordenador dizer:
Gustavo! Se você não se acalmar agora, eu vou te dar uma suspensão de três dias! Está me ouvindo?!
E Gustavo, com um sorriso estranho no rosto, disse:
Estou...
Então levantou os braços de maneira que os rapazes tiveram que soltá-lo, deixando apenas o que estava segurando por trás, na altura dos ombros. Gustavo olhou para ele e disse:
Vai me soltar não, gordão?
E o aluno:
Quero ver você sair daí.
Gustavo:
Foi você quem pediu!
E empurrou o aluno para trás, que caiu e se machucou nas cadeiras e mesas. Então, quando a diretora disse:
Esse menino está louco! Edgar! Chama a polícia lá!
Alex disse:
Não!
Alex foi se aproximando de Gustavo, mas o coordenador, que estava no chão, segurou o pé de Alex e disse:
Vai não Alex! Ele está louco! Não tem como agente segurar um louco não.
Então Alex disse para todos da sala ouvirem:
Ele não está louco! Esse nem é o Gustavo...
Coordenador:
O que?
Alex:
É um demônio!
Nessa hora, Gustavo olhou para Alex mostrando os dentes. E, rosnando, disse:
O que você quer comigo, Filhinho de Papai?
Alex foi se aproximando devagar e disse:
Ah... Então você conhece meu Pai? Que bom...
Gustavo:
Veio me tirar daqui? Pois eu mato ele antes que consiga!
Todos se assustaram com isso, mas Alex disse:
Não vai não! Pode parar bem aí!
Gustavo estava indo em direção a uma mesa onde tinha algumas canetas, mas quando Alex mandou que ele parasse, ele parou como se tivesse ficado estatua e começou a rosnar novamente, mostrando os dentes. Alex disse:
Olha pra mim!
Gustavo olhou e o xingou gritando. Mas Alex disse com firmeza:
Pai... Em nome de Jesus, eu Te peço: Manda fogo nesse bicho feio!
Na mesma hora, Gustavo começou a gritar como se tivesse algo doendo nele. E Alex continuava falando a mesma coisa até que Juliana gritou:
Para! Está machucando ele!
Todos olharam para Juliana e depois olharam para Alex. Gustavo veio em direção a Alex, mas Alex disse:
Parado aí! Mão pra trás! Mão pra trás! Está amarrado agora! Em nome de Jesus!
Gustavo parou com as mãos para trás e ficou se debatendo como se ele estivesse mesmo amarrado. Então Alex disse:
De joelho!
Gustavo:
Nããããããooooo!
Alex:
De joelho agora! Em nome de Jesus! Estou mandando...
Então Gustavo se ajoelhou e Alex, encostando o dedo indicador na testa de Gustavo, disse:
Muito bem... Agora olha nos meus olhos. Olha nos meus olhos!
Gustavo gritou quando Alex encostou o dedo na testa dele e não quis olhar paraAlex, que disse:
Olhe nos meus olhos, eu estou mandando, em nome de Jesus! Olha!
Então Gustavo olhou nos olhos dele, mas começou a gritar e fechou os olhos como se Alex tivesse feito algo nos olhos dele. Alex, em nenhum momento tirou o olhar de Gustavo e depois disso disse:
O que foi? Não consegue? Hã?!
Gustavo:
Eu vou embora daqui!
Alex:
Opa! Não vai não! Você vai ficar aqui e vai ouvir tudo que eu tenho pra dizer.
Gustavo olhava para Alex com os olhos incomodados, como se estivesse olhando para o sol. Gustavo disse:
Fala logo o que você quer seu desgraçado! Fala logo! Isso está me queimando! Anda!
Ao ouvir aquilo, Alex arrepiou todo e pensou: “Ô, Pai... Obrigado...” Então Alex disse:
Ok! Então faz o seguinte: Sai da vida do Gustavo, em nome Jesus, e nunca mais volte! Sai agora, por onde você entrou, e nunca mais volte! Em nome de Jesus... Sai!!!
Então Gustavo vomitou um tipo de liquido no chão e se acalmou na mesma hora. Nessa hora, alguns ficaram com nojo e os outros ficaram maravilhados com o que ele fez. Então Alex disse:
Sabe por que ele me obedecia quando eu falava? Porque eu tenho o Espírito de Deus na minha vida. E vocês viram que eu não fiz nada com ele... Eu nem encostei direito nele. Porque não fui eu que fiz nada... Foi o Espírito Santo quem o fez sair quando eu mandei. Se eu não tivesse o Espírito Santo dentro de mim, eu estaria aí junto com vocês vendo a polícia vir pegar alguém que não tem culpa pelo que estava fazendo.
Então Alex olhou para Gustavo e viu que ele o observava com outros olhos agora. Alex disse:
Tudo bem, mano?
Gustavo olhou ao redor, viu que todos estavam olhando para ele como se ele fosse um monstro e viu que Alex era o único que não estava olhando assim. Então disse:
Tudo sim... Valeu.
Alex:
Que nada... Isso faz parte.
Então as coisas voltaram ao normal. A diretora mandou todo mundo voltar para suas salas, o coordenador pediu que limpassem aquela sujeira e todos tiveram um grande assunto para comentar no resto da semana.



E esse é apenas um dos vários acontecimentos marcantes na vida de Alex. Claro, Alex fez muitas outras coisas em nome de Deus, mas essas aqui foram descritas para que você cresse n’Aquele que o enviou. E também foi descrito como foi o passado de Frederic, um personagem que aparecerá mais à frente. No próximo capítulo vamos ver mais algumas coisas e também vamos ver um pouco da vida de Jonas. Não deixe de acompanhar...







Continua...










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