Capítulo 001
Os Três Lados
Alto da Glória (Subúrbio), interior do Brasil - 09h33 AM.
Alex é um rapaz de 22 anos de idade que ainda mora com os pais. Seus pais são dois velhinhos muito gentis e, de certa forma:
Muito... Cabeças duras também.
Como ele mesmo diz.
Eles não me ouvem! Eu já tentei de tudo, mas parece que entra por um ouvido e sai pelo outro.
Ângela:
Você já tentou mudar de estratégia?
Alex:
E como você acha que eu tenho feito?
Ângela:
Hm... É... Então parece que eles são realmente aqueles típicos sépticos, não é?
Alex:
Pois é...
Ângela era uma das amigas de Alex que participava da mesma Igreja que Alex e os outros participavam. Bonita e simples. Mulher de Deus. Eles moravam em um bairro de classe média baixa da cidade. Alex tem aparência comum – olhos castanhos; cabelos escuros; pele clara –, mora numa casa comum e tem um emprego comum. Ele acorda todos os dias as 04h30 da manhã para ir ao trabalho. Ele trabalha do outro lado da cidade e tem que pegar de 4 a 5 ônibus para chegar lá.Essa era a rotina de Alex:
De segunda à sexta: Acordava as 04h30, se arrumava para o serviço, fazia o café da manhã para os pais, ia da sua casa até o segundo terminal ouvindo músicas cristãs em seu celular; a partir dali ele ia orando no ônibus até o próximo terminal, enquanto ouvia mais músicas. Essa parte durava mais ou menos uns 55 minutos. Depois ele ia lendo a Bíblia do terceiro terminal até o quarto, e orando também. Por fim, ele ia cantando e/ou ouvindo alguma ministração do pastor de sua Igreja, até chegar ao seu trabalho (Onde também passava o dia todo ouvindo músicas evangélicas e pregações e/ou ministrações de pastores que conhecia). Ele trabalha em um estúdio fotográfico como Auxiliar de Web Designer. Era ele quem arrumava as fotos das crianças para que elas ficassem bonitas nas fotos. No fim do dia, ele ia de seu serviço até o primeiro terminal lendo algum livro que fala a respeito de Deus; do primeiro terminal até o segundo ele evangelizava qualquer um que se sentasse ao seu lado no ônibus, já que sempre ia sentado nesta parte da viagem; e do segundo até a sua casa ele ia ouvindo mais músicas e ia pensando em coisas relacionadas a Deus. E isso se repetia todos os dias.
Sábado ele acordava lá pelas 07h00 da manhã se arrumava e ia orar. Orava ouvindo músicas. Depois de, mais ou menos, uma hora e meia orando, ele colocava algumas músicas evangélicas e ia ler a Bíblia. Durante a semana ele lia de 3 capítulos pra cima. Nos finais de semana, de 4 pra cima. Nada espetacular... Era apenas uns 20 minutos de leitura. Depois ia ajudar em alguma coisa em casa, caso precisasse, ou algo do tipo. Quando não tinha o que fazer, ia até a casa do seu líder de célula para conversarem coisas sobre a Igreja e sobre Deus. À tarde, ia escrever alguma história sobre Deus ou fazer alguma coisa no computador. Passava a maior parte do tempo conversando com seu amigo, Denis, sobre Deus e outras coisas engraçadas. Adoravam conversar e imaginar como seriam as coisas quando Deus reinar neste mundo. À noite, iam à reunião da célula na casa de seu líder. Era uma célula comum, com seus problemas comuns de célula e com uma quantidade de pessoas mediana. Liam e compartilhavam da Bíblia. Oravam, cantavam, dançavam e depois comiam e conversavam. Iam embora.
Aos domingos ele fazia quase as mesmas coisas do sábado, com uma diferença: À noite, ele e sua célula, iam ao culto semanal de sua Igreja. Lá eles cantavam, dançavam, oravam, entregavam o dízimo e as ofertas, viam as notícias de sua Igreja, ouviam o pastor, aprendiam a palavra e era o lugar onde todos se encontravam. A comunhão que havia entre eles, na hora de ir embora era uma das coisas que Alex mais gostava. E depois todos iam embora. Todos os dias, antes de se deitar, Alex agradecia pelo dia que teve, pela simples oportunidade de ter tido mais um dia de vida, pela família que tinha, pelos amigos que tinha, pela Igreja com a qual se reunia e pelo que aprendeu naquele dia. Depois pedia por livramento de todas as coisas que não dizem respeito a Deus e para que todos aqueles que ele conhecia, e que não faziam parte da Igreja, que viessem a fazer parte e que crescessem em sabedoria e discernimento da Palavra de Deus. Essa era a rotina semanal de Alex, caso não tivesse alguma coisa “extra curricular” pra ele fazer na igreja; pois a igreja dele fazia muitos eventos de evangelismo, avivamento e coisas do tipo. E ele sempre procurava participar de todas essas atividades. Ele simplesmente adorava, amava que fosse assim, a vida dele. Caso não fosse, ele ficava frustrado e triste.
Como ele mesmo diz.
Eles não me ouvem! Eu já tentei de tudo, mas parece que entra por um ouvido e sai pelo outro.
Ângela:
Você já tentou mudar de estratégia?
Alex:
E como você acha que eu tenho feito?
Ângela:
Hm... É... Então parece que eles são realmente aqueles típicos sépticos, não é?
Alex:
Pois é...
Ângela era uma das amigas de Alex que participava da mesma Igreja que Alex e os outros participavam. Bonita e simples. Mulher de Deus. Eles moravam em um bairro de classe média baixa da cidade. Alex tem aparência comum – olhos castanhos; cabelos escuros; pele clara –, mora numa casa comum e tem um emprego comum. Ele acorda todos os dias as 04h30 da manhã para ir ao trabalho. Ele trabalha do outro lado da cidade e tem que pegar de 4 a 5 ônibus para chegar lá.Essa era a rotina de Alex:
De segunda à sexta: Acordava as 04h30, se arrumava para o serviço, fazia o café da manhã para os pais, ia da sua casa até o segundo terminal ouvindo músicas cristãs em seu celular; a partir dali ele ia orando no ônibus até o próximo terminal, enquanto ouvia mais músicas. Essa parte durava mais ou menos uns 55 minutos. Depois ele ia lendo a Bíblia do terceiro terminal até o quarto, e orando também. Por fim, ele ia cantando e/ou ouvindo alguma ministração do pastor de sua Igreja, até chegar ao seu trabalho (Onde também passava o dia todo ouvindo músicas evangélicas e pregações e/ou ministrações de pastores que conhecia). Ele trabalha em um estúdio fotográfico como Auxiliar de Web Designer. Era ele quem arrumava as fotos das crianças para que elas ficassem bonitas nas fotos. No fim do dia, ele ia de seu serviço até o primeiro terminal lendo algum livro que fala a respeito de Deus; do primeiro terminal até o segundo ele evangelizava qualquer um que se sentasse ao seu lado no ônibus, já que sempre ia sentado nesta parte da viagem; e do segundo até a sua casa ele ia ouvindo mais músicas e ia pensando em coisas relacionadas a Deus. E isso se repetia todos os dias.
Sábado ele acordava lá pelas 07h00 da manhã se arrumava e ia orar. Orava ouvindo músicas. Depois de, mais ou menos, uma hora e meia orando, ele colocava algumas músicas evangélicas e ia ler a Bíblia. Durante a semana ele lia de 3 capítulos pra cima. Nos finais de semana, de 4 pra cima. Nada espetacular... Era apenas uns 20 minutos de leitura. Depois ia ajudar em alguma coisa em casa, caso precisasse, ou algo do tipo. Quando não tinha o que fazer, ia até a casa do seu líder de célula para conversarem coisas sobre a Igreja e sobre Deus. À tarde, ia escrever alguma história sobre Deus ou fazer alguma coisa no computador. Passava a maior parte do tempo conversando com seu amigo, Denis, sobre Deus e outras coisas engraçadas. Adoravam conversar e imaginar como seriam as coisas quando Deus reinar neste mundo. À noite, iam à reunião da célula na casa de seu líder. Era uma célula comum, com seus problemas comuns de célula e com uma quantidade de pessoas mediana. Liam e compartilhavam da Bíblia. Oravam, cantavam, dançavam e depois comiam e conversavam. Iam embora.
Aos domingos ele fazia quase as mesmas coisas do sábado, com uma diferença: À noite, ele e sua célula, iam ao culto semanal de sua Igreja. Lá eles cantavam, dançavam, oravam, entregavam o dízimo e as ofertas, viam as notícias de sua Igreja, ouviam o pastor, aprendiam a palavra e era o lugar onde todos se encontravam. A comunhão que havia entre eles, na hora de ir embora era uma das coisas que Alex mais gostava. E depois todos iam embora. Todos os dias, antes de se deitar, Alex agradecia pelo dia que teve, pela simples oportunidade de ter tido mais um dia de vida, pela família que tinha, pelos amigos que tinha, pela Igreja com a qual se reunia e pelo que aprendeu naquele dia. Depois pedia por livramento de todas as coisas que não dizem respeito a Deus e para que todos aqueles que ele conhecia, e que não faziam parte da Igreja, que viessem a fazer parte e que crescessem em sabedoria e discernimento da Palavra de Deus. Essa era a rotina semanal de Alex, caso não tivesse alguma coisa “extra curricular” pra ele fazer na igreja; pois a igreja dele fazia muitos eventos de evangelismo, avivamento e coisas do tipo. E ele sempre procurava participar de todas essas atividades. Ele simplesmente adorava, amava que fosse assim, a vida dele. Caso não fosse, ele ficava frustrado e triste.
Alto da Glória (Bairro das Mansões) - 08h25 PM.
Com Jonas não era tanto assim. Jonas era um rapaz também de 20 anos e tinha uma família rica. Eles moravam na parte rica da cidade, conhecida como o bairro das mansões. Deus os havia abençoado de mais... Carros bons, casas boas, empregos bons e vida boa. Os pais de Jonas eram cristãos assíduos e tinham rotinas bem próximas da rotina de Alex. Só que era mais complicado, pois tinham que lidar com os “figurões” da cidade, quando se tratava de evangelismo. Eles sempre insistiam para que Jonas fosse à reunião da Igreja e ele ia.Ele gostava afinal. Cantava, dançava e orava junto com todos. Ele também era crente, como ele mesmo dizia.Os pais de Jonas já tinham passado por cursos que o pessoal da Igreja oferecia e estavam agora fazendo um treinamento para se tornarem líderes de células futuramente.
Jonas tinha cabelos crespos, olhos castanhos,pele negra e plena convicção de que era salvo e, de um jeito ou de ouro, ele iria para o céu. E estava totalmente certo, pois um dia ele resolveu aceitar que Jesus fizesse parte de sua vida. Ele, porém, não conseguia resistir quando suas amigas, não crentes, o chamavam para as festas. E como eu disse antes, era mais complicado falar de Deus para aquela gente. Eles te desconsiderariam na mesma hora e, para não perder os seus amigos, acabava indo. Todos ali sabiam que ele era cristão e não bebia bebidas alcoólicas. Todos respeitavam a decisão dele, mas também queriam que ele continuasse andando com eles. Afinal, eram amigos.
No culto semanal da Igreja de Jonas, ele não tinha comunhão com muita gente. Ele ficava vendo seus pais conversarem com os irmãos da Igreja e ficava esperando. Não é que ele não gostava de falar com eles... Pelo contrário, ele não se importava de ter que conversar com eles. Jonas apenas não tinha muita gente com quem conversar, pois não era sempre que ele podia participar da célula que acontecia em sua própria casa. Ele estava saindo para a festa, sua mãe via que ele ia sair no horário da célula e dizia quando ele ia passando pela sala:
Você já vai sair Jonas? A célula já vai começar meu filho.
Rosa, mãe de Jonas, sempre se preocupava com ele e se ele estava firme nos caminhos de Deus. Eliot, pai de Jonas também:
Jonas... Escute o que sua mãe está dizendo.
Jonas:
Não, pai... É que a Karine me chamou pra ir numa festa que eles estão fazendo hoje. E eu não quero que eles pensem que eu não estou nem aí pra eles.
Eliot:
Mas você acha mais importante fazer média pra eles, do que buscar a Deus?
Jonas:
Não, pai! O senhor sabe disso. Eu vou ao culto todo domingo, eu oro e mesmo assim vocês não estão satisfeitos?
Rosa:
Mas meu filho... Você sabe que só isso não basta.
Algusto:
Deixa Rosa... Deixe-o ir. Nosso trabalho é exortar em amor. Se a pessoa não quer ouvir... Pelo menos o Jonas sabe o que acontece com quem não faz o que deve ser feito.
E sabia mesmo. Mas é que, quando você está apenas ouvindo no culto, você começa a pensar certo. Mas depois que você sai para a vida real, as coisas mudam. A percepção de mundo e as coisas ficam totalmente diferentes, e você começa a considerar coisas que não devia. Por isso ele acabou indo a festa mesmo assim. E essa não era a primeira vez que isso acontecia.
Ele acabava levando as “duas vidas” de maneira estranha até. Pois ele chegava a seu quarto e algo o incomodava para fazer alguma coisa. Ele só não sabia o que era e continuava de boa. Ele pensava: “Uma hora eu vou descobrir o que é essa coisa dentro do meu peito e vou ficar de boa.” E acabava dormindo.
E a rotina de Jonas durante a semana era casa > faculdade / faculdade < casa. Ele conversava com seus amigos durante a faculdade e ficava de boa. Ele assistia a programas interessantes de TV e ficava de boa. Não assistia nada que não fosse permitido e nem ouvia músicas do mundo, quando estava em casa. Só quando estava nas festas dos amigos, já que eram as únicas músicas que eles gostavam. De vez em quando ele lia a Bíblia. Um capítulo ou outro. E era sempre assim...
Alto da Glória (Periferia) - 03h15 PM.
Agora Carlos não era nada igual a eles. Ele era um jovem de 18 anos, cabelos loiros, olhos verdes e pele clara. Como ele era bonito, conhecia e tinha o numero de telefone da maioria das meninas do colégio dele. Ele fazia o terceiro ano do ensino médio. Ultimo ano no colégio, então ele estava aproveitando. Tinha muitos colegas. Todos o conheciam e ele se aproveitava disso. Porém ele era pobre. Ele morava num bairro de periferia que ainda nem havia sido asfaltado.
Ele morava sozinho com sua mãe, já que seu pai havia abandonado os dois. O cabelo, ele puxou do pai, junto com a pele clara. Os olhos, ele puxou da mãe, uma mulher trabalhadeira e que se esforçava para trazer comida pra dentro de casa. Uma mulher alta, cabelos negros como a noite, olhos verdes como a grama pelo amanhecer e pele clara como sorvete de leite condensado. (Grandes comparações, não?).
Sua mãe ia a Igreja todo domingo, durante a noite, depois que o culto já havia terminado há algumas horas e (Infelizmente) rezava sempre por seu filho. Um dia, um pastor da Igreja local, muito amigo de Solange, mãe de Carlos, veio até a casa deles e passou o dia ali. O menino ficou o dia todo fora e sua mãe começou a ficar preocupada. O pastor começou a comentar das coisas que Deus pode fazer na vida de pessoas como ela e ela começou a falar dos problemas que ela estava passando com o menino.
Ele não gostava de ajudar em casa, passava o dia todo na rua com os amigos, não estava indo muito bem na escola e ainda por cima ficava se exibindo para os amigos. Era como se ele tivesse dinheiro, mas todo dinheiro que ele tinha era a mãe dele quem dava. Ele não desobedecia a sua mãe, como você pensou. Ele a respeitava muito, gostava dela e era um bom menino em casa. Era na rua que ele se transformava e começava a falar coisas que não eram verdade sobre como ele agia.
O pastor então começou a falar que as respostas que ela procurava estavam todas em Jesus e que, se ela o aceitasse em sua vida, a vida dela nunca mais seria a mesma. Solange aceitou e eles fizeram uma oração de concordância, que é quando o pastor fala uma coisa e a pessoa repete. Eles fizeram a oração e Solange chorou muito, pois ela o tinha feito de coração. Então o pastor disse:
Pode ficar tranquila, Solange... Se você realmente aceitou a Jesus na sua vida, ela nunca mais será a mesma. Ela já vai começar a mudar a partir de agora. Você crê que é possível?
Solange:
Eu creio.
Então o pastor convidou a Solange para começar a congregar na Igreja que ele congregava, mas os horários que ele passou não se encaixaram com os horários de Solange. Ela tinha que trabalhar nesses dias, mas ela estava convicta de que algo ia mudar a partir dali. Quando Carlos chegou a sua casa, Solange perguntou onde ele estava. Carlos contou uma mentirinha leve e então Solange contou que o pastor veio em sua casa. Carlos, então, perguntou:
Ah é? E o que ele disse?
Solange:
Ele disse que se a gente quisesse, nós poderíamos fazer parte da Igreja dele.
Carlos:
Hm... Legal.
Solange:
Sabe meu filho... Eu tenho orado tanto para que você mude esse seu jeito de ser. Pra que ficar mentindo para os outros, falando que você é o que não é de verdade? Deus não gosta dessas coisas.
Carlos:
Mas mãe... Eu já disse. A senhora quer que fique sem amigos, é?
Solange:
Seria melhor ficar sem amigos do que ficar com amigos que só são seus amigos por causa disso que você diz ser.
Carlos:
Mas não é culpa minha se eles é que são materialistas.
Solange:
Você tem é que ir pra Igreja! Você tem tempo. Eu não tenho porque tenho que trabalhar pra botar comida na mesa, mas você não. Você sai do colégio meio dia e fica o dia todo na rua.
Carlos:
Eu não! Quem precisa de Igreja são meus colegas, por serem tão materialistas, não é o que a senhora quer dizer?
Solange:
Se você fosse a Igreja, você poderia falar de Deus pros seus amigos e eles deixariam de ser tão materialistas assim.
Carlos:
Rsrs... Tabom.
E ficou nisso mesmo. Carlos foi banhar, pra depois ir jantar e dormir. Jonas estava na festa junto com seus amigos ricaços, todos aproveitando a noite. E Alex estava chegando da reunião da célula. Ele iria tomar banho, trocar de roupa, orar e depois dormir.
E esse é o resumo dos Três Lados de uma Mesma Moeda, que é a moeda da vontade de Deus. A moeda que, na verdade, seria mais bem definida por sendo a maneira como vários lados de uma mesma história estão todos ligados. Ligados pelo Espírito Santo que controla tudo e todos.
Continua...
Nenhum comentário:
Postar um comentário