5 de fevereiro de 2015

O Fim dos Tempos - Cap. 31 (Labuta)

Fim dos Tempos
Capitulo 31



Labutar: Trabalhar intensamente e com perseverança; laborar, lutar. / Esforçar-se; lidar, pugnar. / Funcionar com grande atividade”.

E os três – Heylel, o homem em particular e o homem que se diz profeta – que estavam naquela base secreta, pararam de conversar de repente e olharam em uma mesma direção. Todos ali, ao redor, viram isso e ficaram sem entender. Mas então eles dizem ao mesmo tempo:
Eles chegaram...
Nessa hora, entrou um rapaz com um relatório na mão, dizendo:
Chefe, já está pronto o relatório que o senhor me... Ahh... Pediu.
Ele percebeu o clima e perguntou:
Aconteceu alguma coisa?
O homem em particular disse:
Não. Está tudo bem.
Veio até ele, pegou o relatório das mãos dele e disse:
Me dá isso! Deixe-me ver...
Depois de ler, ele fez uma expressão de ira e, amaçando o papel, disse:
Mas que droga! Aqueles dois (fazendo sinal de “aspas” com os dedos) “profetas” em Jerusalém acabaram com mais um batalhão que enviei para tentar detê-los! Será que eu mesmo terei que lutar contra eles?! Será que não tem ninguém competente nessa joça?!
Heylel:
Acalme-se. Agora, o mais importante é seguir com nosso plano.
O homem que se diz profeta:
Isso mesmo, chefe. Não se preocupe com eles. E, se o senhor quiser, eu posso ir lá e acabar com a raça deles para o senhor.
Nessa hora, o homem em particular olhou para o homem que se diz profeta e fez uma expressão de quem acabou de ter uma ideia. Por isso disse:
Ah... Isso mesmo. Talvez você tenha razão. Mas, por enquanto, não. Você será enviado até eles... Mas na hora certa.
Heylel:
Ótimo! Agora que está tudo resolvido, podemos prosseguir com o plano?
Homem em particular:
Claro. Vamos... Vamos enviar as convocações.
Enquanto isso, aquele presidente que tinha perguntado ao homem em particular por que eles estavam escondendo Heylel estava planejando algo. Com o avanço dos soldados demônios em direção aos continentes ocidentais, ele se sentia na obrigação de fazer algo. Portanto, grave bem isto: Ele está planejando fazer algo grande para tentar impedir os planos do homem em particular. E este, junto com Heylel e o homem que se diz profeta, foram em um avião do exército escoltado por quatro jatos da força aérea para o vaticano.
Enquanto isso, André, Carlos, Karina e os outros que estavam com ele conseguiram achar uma casa abandonada para se esconderem e para que eles pudessem esperar até aquela mulher gorda acordar. Eles a colocaram em um carrinho e compras e a levaram até essa casa. Era uma casa na periferia da cidade. Você sabe, as partes mais periféricas das cidades eram menos vigiadas, pois era no centro que havia maior concentração de guerras, protestos, manifestações e sons de explosão. Sendo assim, quando os cristãos queriam um pouco de paz para recuperar o folego, eles iam para essas partes. Mas não pense que, só por que eram pouco vigiadas, essas áreas eram abandonadas. Havia militares por toda parte... Sempre procurando pessoas que se dizem cristãos para poder matá-los ou fazer o que eles quisessem com eles.
Então eles chegaram a essa casa e colocaram a mulher deitada atrás do sofá grande para que ninguém a visse pela janela. Eles estavam cansados, mas não desanimados; abatidos, mas não destruídos... Enquanto seus corpos se desgastavam, seus espíritos se renovavam e eles podiam sentir como que uma confirmação sobre o que eles estavam fazendo. Eles foram para a cozinha e cada um se sentou no chão em uma parte da cozinha. André encostou-se à parede e foi deslizando até se sentar no chão. Nisso, Karina, que estava sentada no chão, do lado esquerdo de André, lhe perguntou:
Sabe, pessoal... Eu fico me perguntando sobre vocês. A gente se conheceu quando já estávamos no meio dessa bagunça e, por isso, não deu nem tempo de a gente conversar direito... Mas hoje é como se tivéssemos nascido na mesma casa e tivéssemos vivido debaixo do mesmo teto desde sempre. Eu queria perguntar pra vocês: Qual é a história de vocês? De onde vocês vêm, o que aconteceu com a família de vocês...
Nessa hora, todos se lembraram de como foi entrar nessa situação em que estavam agora. Tudo aquilo estava muito parecido com aqueles filmes de ficção científica que usam essa linguagem pós-apocalíptica. Então, como ninguém se manifestou, Karina resolveu falar:
Bom... Então eu começo.
Ela tomou folego, respirou fundo e disse:
Eu venho de uma família tradicional e sempre estive dentro da Igreja. Meus pais eram católicos, mas eu me interessei mais pela Igreja evangélica e...
André:
Que é a mesma Igreja do Senhor Jesus hoje.
Karina:
É. Não, eu... Só... Tipo: Porque meus pais eram de lá. Mas só depois eu fui aceitar Jesus mesmo como meu Senhor e Salvador. Antes disso, eu era uma pessoa como outra qualquer. Eu... Comecei a ir às reuniões e comecei a aprender e a gostar da Palavra de Deus. Eu ouvia o pastor falando que esses dias estavam próximos, mas eu nunca... Quer dizer... Eu sabia que era sério, mas era como se eu não... Eu não...
André:
Você não teve uma revelação que transformasse suas atitudes para com esse assunto.
Karina:
Isso! Exatamente. Eu acho que é como minha colega me disse uma vez: Sua mãe pode ficar te chamando o tempo todo pra você passar pra dentro e, quando você a ouve te chamando, você sabe que é sério. Mas, só depois que ela vem atrás de você e te dá umas varadas, é quando você percebe que era melhor você ter obedecido antes... Por que você sabia que era sério.
Carlos, que estava sentado na parte mais baixa daqueles armários de parede, do lado esquerdo de Karina, disse:
Eu acho que esse também foi o motivo de eu ter ficado pra trás. Eu também fui muito negligente com a obra. Fazia pelas metades, sabe...? Eu só me tornei pastor porque eu tinha em minha equipe um pessoal forte. Eles eram quem fazia a maior parte do trabalho. A maior parte mesmo. Eu só... Todos os dias eu me sentia culpado por saber que eu estava vivendo de uma ilusão.
André:
Eu também... Mas, pelo menos no seu caso Carlos, você fazia metade. Eu apenas... Começava. Eu era rebelde... Eu fazia o que os líderes pediam, mas era do meu jeito.
Ele fechou a mão e bateu no chão, pesando: “Mas que droga!” e completou, dizendo:
E olha só onde estou agora... Se eu tivesse pelo menos... Feito como você, no sentido de ter construído um ministério e tudo mais... Eu não estaria... Pelo menos você tinha um ministério! Mas eu não!
Ele já estava começando a chorar e batia no peito quando dizia:
Eu não...
Karina:
Mas hoje você é nosso líder.
O jovem Leo, que estava sentado em uma cadeira em frente a André, disse:
É cara... Não deixa esses demônios ficarem te acusando assim não. “Agora, pois, já não há nenhuma acusação para aqueles que estão em Cristo Jesus”. Lembre-se disso.
André:
Meus pastores sempre diziam isso.
Karina:
Toma posse dessa verdade!
Nessa hora, a mulher gorda, que estava dormindo, acordou e foi até eles, dizendo:
Com licença... Desculpa ter que interromper a conversa de vocês, mas... Alguém pode me dizer o que está acontecendo aqui?









(Salmo 62:1) Somente em Deus a minha alma espera em silêncio... D’Ele vem a minha salvação.”


Continua...

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