Capítulo 012
O Tempo de Paz
Lapso de Tempo – Parte 01.
Então, depois daquele
acontecimento onde mais de 800 milhões de pessoas desapareceram somente em um
dia, o tempo foi passando... A vida daqueles que ficaram para trás depois do
acontecimento, nunca mais seria a mesma, porém, nenhum deles fazia a menor
ideia do que estava por vir.
Pouco tempo depois desse
acontecimento, os números finais da “tragédia” alcançou este valor: foram 962
milhões, 348 mil, 157 pessoas desaparecidas em apenas um único dia, o dia 23 de
Agosto de um ano que não está muito longe de 2013. (23 de Agosto é apenas uma data fictícia.) Eu diria que o ano desse
acontecimento está entre 20 e 30 anos à frente de 2013. Mas enfim...
O tempo passou e as coisas
mudaram. Quase um mês depois, houve uma surpreendente reunião dos lideres
mundiais e eles decidiram formar uma aliança de paz com todo o mundo. Essa
aliança nos garantiria a segurança de toda a terra, caso um ataque mais
agressivo acontecesse. E, é claro que eles estavam considerando forças além das
que eles imaginavam. Forças extraterrestres... Eles instalaram câmeras em todo
o Brasil, como a presidente havia dito; fortificaram suas tecnologias – suas
tecnologias já estavam bem avançadas, porém eles decidiram colocar em uso
tecnologias que eles tinham somente para fins extremamente especiais e
internos.
Eles também começaram a
distribuir uma máquina para todo o mundo. Era uma máquina pequena do tamanho de
um estabilizador de energia para computadores de hoje. Essa máquina estava
sendo instalada em cada mercado, lojas, bar, butique ou qualquer outro tipo de
comércio. O governo não disse para quê serviam aquelas máquinas, mas prometeu
revelar o segredo em até dois anos, pois os jornais estavam no pé dos senadores
e dos presidentes procurando explicações. Todos ficaram curiosos para saber o
que era.
Bom... Com aquele
acontecimento, onde essa enorme quantidade de pessoas desapareceu, tudo no
mundo mudou. Uma nova tecnologia de informações pessoais e de crédito estava
sendo pesquisada... E também houve essa aliança de paz, que foi com os
seguintes países: EUA, Federação Russa, China, França, Inglaterra, Japão,
Índia, Alemanha, Brasil e Israel. Essa união mudou o conceito de paz na terra,
pois ela prometia justamente a união de forças para lutar juntos contra algo
que ninguém conhecia. Ou melhor... A maior parte realmente não conhecia, mas
também havia muitas pessoas que sabiam exatamente o que estava acontecendo. O
resto do mundo é que apenas as ignorou. O homem que propôs essa união foi um
homem chamado Frederic Meridor. E a união desses países e de seus lideres ficou
conhecida como o “G10”.
Frederic
era um renomado politico da época: “Conhecido
por seus movimentos pacifistas, Frederic ultimamente esteve nas mais
importantes reuniões de paz no mundo e nos mais importantes movimentos a favor
da paz realizados em todo o mundo. Sempre promovendo a paz por onde quer que
fosse... Frederic ganhou até mesmo alguns prêmios da ÔNU, como o de ‘O Maior
Promotor da Paz’ e o de ‘Maior Participante Ativista da Paz’.” Era o que
dizia o trecho de uma das várias reportagens publicadas sobre ele. Para que
cada um desses países aceitasse conviver em paz um com o outro para um bem
maior, Frederic propôs uma troca entre eles: Cada um deveria fazer alguma coisa
que satisfizesse os outros líderes mundiais. Com isso, até mesmo ele teve que
se submeter a algumas regras, por exemplo: Em relação a Israel, ele prometeu
participar dos cultos, das reuniões religiosas e prometeu também que obedeceria,
não só ao Torá e à Tanach dos judeus, mas também às leis de Moisés.
E enquanto todas essas coisas
aconteciam ao redor do mundo, Carlos e seus colegas tinham terminado os estudos
e iriam prestar vestibular pra ver se conseguiam alguma profissão digna. Porém,
aconteceu algo... Todos conseguiram passar em seus respectivos cursos, mas
Carlos não. Ele foi reprovado por chegar sempre atrasado às aulas e também por
fazer bagunça na sala de aula. Pensou que a faculdade era igual ao colégio,
onde não precisamos levar tão a sério... Mas essa foi a ruina dele. Bom... Pelo
menos, do ponto de vista dele, não. Depois de ter sido levado preso para a
delegacia... (Hm... Acho melhor eu explicar
melhor o que aconteceu).
Bem... Esta é a cena: Ele
ficou sabendo que reprovou e ficou muito nervoso, pois ele gastou tempo e
dinheiro naquilo. O professor disse pra ele se retirar, mas ele insistiu e
permaneceu. A diretora chamou a polícia, que veio e o levou para fora,
juntamente com o professor e a diretora. Os policiais tentaram fazer com que
eles entrassem em um acordo, mas Carlos acabou desacatando o policial e ainda
tentou agredir o professor e a diretora. Os policiais, então, levaram o rapaz
para a cadeia e chamaram sua mãe.
Solange pagou a fiança e foi
dando uma dura em Carlos até chegarem em casa. Quando eles chegaram lá, Carlos
brigou com a mãe e resolveu sair de casa. Enquanto Solange chorava pela
ignorância do filho, Carlos resolveu passar um tempo na casa de Karen, sua
melhor amiga. Os pais de Karen aceitaram a proposta, mas resolveram ficar de
olho no rapaz. Um dia, Carlos acabou presenciando um roubo de carros. Ele
estava voltando da padaria e, quando passou por um beco que cortava caminho até
a casa de Karen, ele viu dois caras enfiando algo na janela de um carro. Ele
perguntou:
Ei! O que vocês estão fazendo?
Os caras viram Carlos e
resolveram não caçar problemas, por isso foram saindo. Carlos chegou até o
carro, viu que estava tudo certo e disse pros caras:
É! Isso mesmo! Vão embora daqui, antes que eu chame a polícia!
Carlos percebeu que os caras
continuaram se afastando e completou:
Seus manés!
Então os caras pararam e
vieram atrás de Carlos que saiu correndo. Depois de fugir alguns quarteirões,
Carlos acabou sendo encurralado em um beco onde os caras deram uma surra nele,
botaram um saco na cabeça dele e o levaram para algum lugar. Quando eles
tiraram o saco da cabeça de Carlos, ele viu que estava preso e estava em um
tipo de galpão abandonado, sem falar que estava rodeado de um monte de caras
vestindo ternos pretos e armados até os dentes. Carlos pensou: “Mas que
droga... A Karen vai ficar uma fera comigo.” Então os caras que bateram nele
disseram algo a um figurão ricaço que
estava encostado em sua limusine e este disse:
Então quer dizer que você viu a coisa toda?
Carlos:
Quem é você?
O homem ficou nervoso com a
pergunta e Carlos recebeu uma porrada
na cara, de um dos “capangas” que estavam ao lado dele. Enquanto Carlos sentia
dor, o homem disse:
Sou eu quem faz as perguntas aqui, fui claro?
Carlos:
Se eu pudesse mexer minhas mãos, eu te mostrava meu dedo do meio
agora.
O Homem:
Hm... Então quer dizer que você é durão...? Hã?
Carlos cuspiu o sangue de sua
boca e o homem perguntou:
Porque você estava observando meus colegas aqui?
Então um dos caras que estava
roubando o carro disse:
Ele disse que ia chamar a polícia!
O homem:
Hm... Interessante. Isso significa que, se te soltarmos, você vai
falar pra polícia tudo o que estava vendo aqui... Não estou certo?
Carlos:
E se for isso mesmo?
O homem se espantou com a
resposta e disse:
Ou é muita coragem, ou é muita burrice... Porque você jogaria sua
vida no lixo dessa maneira?
Carlos ficou calado e o homem
disse:
Hm... Já sei. Você tem algo contra alguém e, por isso, pensa que não
tem nada a perder, estou certo?
Carlos permaneceu calado e o
homem começou a rir dele. Depois disse:
Estou certo... Escuta rapaz: Se você quiser, eu tenho um servicinho
pra você. Na verdade você vai fazer o que você viu esses dois fazerem. Você
sabe o que eles fazem?
Carlos:
São dois ladrõezinhos de carro! Se a polícia fosse inteligente o
suficiente para andar com as sirenes desligadas, eles te pegariam fácil, fácil.
O homem:
Vejam só... E ainda por cima é esperto. É o seguinte moleque!...
Então o cara passou para
Carlos o emprego de ser ladrão de carros. Não era qualquer carro, pois deviam
ser de acordo com as especificações que aquele mesmo homem lhe trouxesse. No
princípio, Carlos teve algumas experiências ruins com aqueles dois caras, mas
depois aprendeu tudo que eles ensinavam. Tanto é que depois passou a agir
sozinho. Carlos viu que aquele serviço dava um bom dinheiro e, por isso,
resolveu ir morar sozinho. Depois ele começou a conviver com isso. Ele
estabeleceu regras para ele e, assim, progrediu na vida. Se é que isso pode ser
chamado de prosperidade. Pois está mais pra desonestidade...
E enquanto Carlos fazia todas
essas coisas, o mundo girava e a paz só aumentava. O trabalho de Carlos era por
debaixo dos panos, por tanto, era muito raro alguém descobrir. Desde que Carlos
começou, ele nunca foi pego e ninguém nunca desconfiou dele. E isso durou 03
anos e meio... Três anos e meio com um emprego muito bom – financeiramente
falando – e que deixava sua vida estável. Ninguém desconfiava dele, pois ele
tinha regras, como eu já havia dito. Regras que mantinham a seriedade dele e a
confiança de seus vizinhos.
Só um detalhe: Quando eu digo
“paz”, quero dizer “paz mesmo”! Pois os crimes tinham caído drasticamente, o
trafico de drogas também... E como praticamente todos os países estavam unidos,
não havia guerras em parte alguma; como eles todos estavam unidos os
países ricos começaram a ajudar os países menos desenvolvidos, com programas de
combate as drogas, de combate à fome e de combate à pobreza. Tudo por uma causa
maior... Frederic dizia:
Temos que continuar unidos! E não podemos deixar que nada abale as
nossas estruturas! E podem confiar em mim pra isso! Eu mesmo vou garantir a
segurança e a prosperidade de vocês. Eu mesmo vou guiar os lideres do G10 para
que eles possam fazer as escolhas certas. E àqueles que ainda têm dúvidas
quanto a mim, eu deixo essa pergunta: Alguma vez eu já desapontei algum de
vocês?
E as multidões que ouviam
isso ficavam eufóricas. Mesmo não fazendo parte do G10, era Frederic quem
estava trazendo a segurança e a estabilidade, tanto das pessoas quanto do G10.
Muitas vezes, quando ocorria algum tipo de desavença entre os membros do G10,
era Frederic que acabava trazendo a paz de volta. Se não fosse por ele, esse
G10 não tinha durado nem um ano... Ainda mais com as propostas de ajuda mutua
que Frederic propôs. Ele estava realmente garantindo a paz. Mas quando Jonas
assistia aos discursos dele, sempre sentia algo estranho dentro de si que o
deixava inquieto.
Pois aconteceram várias
coisas com Jonas também. Logo depois de sair daquele jeito, meio apressado, do
prédio da Igreja dele, Jonas foi direto para a empresa que seus pais presidiam.
Todos adoravam os pais de Jonas, por serem os primeiros patrões que eram “gente
boa”. Os pais de Jonas construíram uma grande empresa de tecnologia e
construções. A sede principal dessa rede de tecnologia e construções ficava no
lado leste da cidade. Na parte mais movimentada...
E, como eu ia dizendo, Jonas
foi pra lá. Chegando lá, ele convocou uma equipe de trinta pessoas; composta
por construtores, mestres de obra, engenheiros, pedreiros e tudo para
construção. Ele pediu a secretária de seus pais para que preparasse um papel
que autorizasse as obras no quintal daquela senhora que é sua vizinha – com a
assinatura dela, claro.
Ele conseguiu isso tudo, foi
até a casa dela, conversou com ela e ela decidiu deixar que fizessem a obra em
seu quintal. A obra era fazer um túnel imperceptível a olho nu e que levasse
até o túnel incompleto que os pais de Jonas fizeram. Jonas apresentou o túnel
para os engenheiros, que eram de confiança e criam também. Os engenheiros logo
começaram a obra e as maquinas escavavam o subsolo. Esse é, mais ou menos, o
mapa do túnel:
Quando a obra começou na casa
de Jonas, Karla logo percebeu o que eles estavam fazendo, pois a barulheira era
muita. A obra durou cerca de cinco meses para ser concluída. Um dia, Karla decidiu
ver o que eles tanto faziam naquele lugar. Todos os caminhões entravam e saiam
por um antigo portão que levava a esse túnel. Ela decidiu ir ver mais de perto,
mas o engenheiro chefe, Benjamim, mais conhecido como Ben, a viu entrando no
túnel e disse:
Moça! A senhorita não pode entrar aí.
Karla:
Tudo bem eu moro aqui.
Ben:
Ah... Você é a irmã do Jonas?
Karla:
Isso mesmo. Vem cá... O que vocês estão fazendo aí no túnel do
papai? Se ele estivesse aqui, ele não ia gostar nada, nada.
Ben:
Ah... Bem, nós estamos concluindo a obra que seu pai iniciou. Seu
irmão, Jonas, foi quem autorizou a conclusão da obra.
Karla:
Ah, foi é?
Ben:
Ele também é quem está supervisionando.
Karla:
Hm... Posso entrar lá?
Ben:
Claro! Deixe-me pegar um capacete pra senhorita... Tiago! Pega um
capacete pra moça ali pra mim, por favor, sim?
Então eles foram entrando
túnel adentro. Era um túnel bem alto, para que os caminhões passassem com toda
aquela terra. Havia cabos no chão, cabos no teto, luzes para iluminar o caminho
todo e ventilação para não ficarem sem ar durante a obra. Karla foi entrando
junto com Ben até que chegaram onde Jonas estava supervisionando a obra. Karla
chegou e disse:
Jonas! Vem cá! Deixe eu te perguntar uma coisa: O que você está
fazendo aqui? Pra que você vai terminar a obra do papai?
Jonas deu um suspiro e disse:
Olha Karla, isso é difícil de explicar pra quem... Pra... Pra
pessoas que nem você, sabe?
Karla:
Pessoas como eu? Como assim?
Jonas:
Pessoas que não creem. Elas não aceitam esse tipo de coisa. Você mesmo...
Aposto que você está muito indignada com isso tudo, não é?
Karla:
Mas é claro! Você está fazendo a maior bagunça aqui e não quer que
eu fale nada? Qual é o seu problema, Jonas?
Jonas:
Pessoas que nem você.
Karla:
O que?
Jonas:
Olha... Vem aqui.
Jonas levou Karla um pouco
mais pra longe e disse:
Acredite você ou não, todos esses engenheiros, os arquitetos...
Todos esses. Todos creem... E, só porque eles entendem a importância dessa
obra, eles estão cobrando a metade do preço. E olha que eles nem me conhecem...
Nem sabem se eu sou de confiança desse jeito. Portanto... Se eles, que nem me
conhecem, entendem o que eu estou fazendo aqui, entendem a importância disso
daqui... Eles sabem o que eles estão fazendo. Sabem do que eu estou falando. E
você pode perguntar pra qualquer um aqui. Pergunta assim: Ben... Você acredita nisso que o Jonas acredita, a ponto de fazer uma
obra desse tamanho? Sabe o que ele vai falar? “Eu acredito sim. Eu não só
acredito como também queria que todos tivessem a iniciativa dele”. Aposto que
ele vai te falar isso. Então... Pra você, só resta uma alternativa: Aceite a
Jesus na sua vida, ou então você vai sofrer e muito daqui pra frente. E isso
não é uma maldição. Vem aqui na célula. Quando isso aqui ficar pronto, nós
vamos nos reunir aqui. Mas não é pra você contar pra ninguém. Não por causa do
que eu já fiz pra você, não porque você é uma boa pessoa – que eu sei que você
é... Não. Mas simplesmente porque nós somos da mesma família. Se você me ama,
como diz me amar... Eu te peço, por favor: Não conte a ninguém sobre isso. Ok?
Karla:
Ok, mas pra que tanto segredo?
Nessa hora, Jonas parou e
pensou. Não ia adiantar nada explicar pra ela o que estava acontecendo, pois
ela não iria entender... Pelo contrário, ela iria é suspeitar deles, sendo que
não tinha nada pra suspeitar. Então ele disse:
Só confia em mim. Olha... Eu mudei. Eu não sou mais como eu era
antes, me perdoa por tudo de ruim que aconteceu entre nós e confia em mim.
Agora, eu quero ser tão... Tão... Ehh... Tão... Melhor, quanto eu puder ser. Se
você quiser você pode acompanhar tudo aqui. Vai ser até melhor. Ok? Não conta
pra ninguém? Hm?
Ela ficou meio indecisa e um
pouco desconfiada, mas disse:
Ok... Não falo nada. Mas não é pra você me esconder nada, ouviu?!
Jonas:
Tudo bem, tudo bem... Você pode ficar sabendo de tudo. Pode até ver,
se quiser.
E ficou por isso mesmo.
Quando a obra terminou, eles tamparam a entrada dos caminhões e colocaram grama
por cima. E depois as reuniões passaram a ser realizadas ali mesmo... No
subsolo. As pessoas chegavam, estacionavam seus carros há algumas quadras de
distancia, iam caminhando até a casa da senhora Ivanilda e entravam pela
entrada secreta que havia no quintal dela. Para terem acesso a essa passagem,
tinham que digitar uma senha na porta, passar um cartão magnético, verificar
suas digitais e verificar sua retina para, só então, adentrar o local. Isso
tinha que ser um por um, por isso, Jonas estabeleceu um período de tempo entre
a chegada de um e do outro. Até mesmo dona Ivanilda começou a congregar na
célula deles.
Como Karla ainda estava meio
desconfiada, ela disse que iria participar para ver o que acontecia lá embaixo. Queria ver se eles tinham um
motivo para ficarem tão em secreto assim. Mas, algumas reuniões depois, Karla
teve uma experiência marcante na célula. Ela sentiu algo realmente inexplicável
em seu coração, e não foi nenhuma alucinação ou qualquer coisa do tipo. Ela
estava apenas cantando de maneira mais intensa quando, de repente, caiu de
joelhos no chão e começou a chorar compulsivamente, enquanto gritava alto.
Pelo fato de estarem ali no
subsolo, eles podiam gritar mais alto e serem mais livres, o que trazia muito
mais “intensidade” a suas reuniões. E Karla pode provar um pouco dessa
“intensidade” em sua própria pele. Depois que acabou e que todos foram embora,
ela resolveu perguntar a Jonas o que foi aquilo que aconteceu e Jonas disse:
Por quê? Você sentiu algo?
Eles ainda estavam no
subsolo, no corredor, indo para o elevador que levava a sua casa. Karla, então,
disse:
Nossa... Foi uma coisa muito... Muito... Louca! Eu... Eu senti uma
coisa assim... Aqui no meu coração e... Nossa... O que foi isso?
Jonas:
Rsrsrs... Agora você já sabe que o que nós seguimos é real.
Karla:
Ah, aquilo foi muito real. Eu não estou louca... Eu senti mesmo
aquilo, mas... É difícil até discernir o que foi aquilo.
Jonas:
Aquilo foi o toque de Deus em sua vida. Mas não se preocupe... Com o
passar do tempo, você vai entender e tudo vai ficar claro pra você. Acredite em
mim, quando te digo isso, minha irmã: Você não vai se arrepender de ter se
entregado daquele jeito.
Nessa hora, Karla se assustou
com o que ele disse e pensou: “Como ele sabia disso? Eu nem falei nada...”
Então Jonas foi entrando no elevador que levava ao escritório de seu pai e
ficou esperando Karla. Ela ainda ficou lembrando daquilo tudo e depois foi com
Jonas. No elevador, Jonas diz:
Escuta... O que você acha de ir ao encontro? Hm?
Karla pensou um pouco e
disse:
Hm... Porque não? Já estou aqui mesmo...
E a porta se fecha.
E essa é apenas a primeira
parte do lapso de tempo entre “o acontecimento” e o que estava por vir. Ó
Deus... Tenha piedade dos seus santos que ficarem para trás naquele Dia. Não
deixe que eles sofram muito... Pois o que mais haverá naquele momento serão dor
e sofrimento. Não deixe de acompanhar e veja do que estou falando.
Continua...
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